sábado, 11 de dezembro de 2010

Os mesmos cheiros, as mesmas gírias, os mesmos erros, a volta por cima, o salto alto, o queixo empinado, o peito projetado pra frente .


Penso que, se uma pessoa me faz rir, já é do bem e vira amiga . Porque gente luzeira, desse jeito, tá dificil de achar hoje em dia . Então, me agarro a ela como se fosse minha salvação . Salvação de um dia morno e cinza . Gosto de gente espontânea e colorida . Daquelas que distribuem sorrisos de graça . Não importa se é preto, branco, amarelo . Não importa se a opção sexual dela seja outra . Tá me entendendo, ô cara pálida ? Fico pensando no que é que as pessoas ganham, ao excluir do seu meio, uma pessoa que escolheu um outro caminho . E entendo menos ainda, quando essas mesmas pessoas julgam de forma preconceituosa e agressiva as pessoas que as escolhem como amigas . Mas tô nem aí pra vocês, ó ! Gente de cara amarrada, que só dá coice porque não aprendeu a sorrir . Que não aprendeu a ser feliz . Que não aprendeu a ver a beleza e a delícia que a vida é . E é pra essa pessoa que eu digo : se quiser andar com a gente, pode vir . A gente ouve Lady Gaga bem alto . A gente canta e dança enquanto dirige . A gente se acaba numa pista de dança . A gente pinta as unhas de rosa chiclete . E a gente também costuma estender a mão pra quem joga pedra. A gente devolve sorriso pra quem mostra a língua . A gente anda de salto alto e de sandália havaianas . Porque a alegria de viver, meu bem, não se aprende e não se compra numa botique da esquina .