segunda-feira, 25 de abril de 2011
“Percebi que não sou mais a mesma garota de antes. Ninguém permanece exatamente o mesmo por muito tempo, afinal. As circunstâncias e o cotidiano te transformam. Me transformou. Mas a essência continua em algum lugar que eu sei. Pergunto-me de vez em quando em que espelho ficou perdida a minha face, ou talvez ainda não foi achada… Mas estou gostando das coisas que andaram nascendo aqui dentro. Um pouco menos mole, menos tola, mais direta, mais esperta. Gosto de coisas que não gostava e odeio coisas que amava. Metamorfoseio-me trocando minhas tirinhas coloridas de bolinhas por rendas e seda.”
“Fico tão cansada às vezes, e digo para mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida. (…) então eu não sentia nada, podia fazer as coisas mais audaciosas sem sentir nada, bastava estar atenta como estes gerânios, você acha que um gerânio sente alguma coisa? quero dizer, um gerânio está sempre tão ocupado em ser um gerânio e deve ter tanta certeza de ser um gerânio que não lhe sobra tempo para nenhuma outra dúvida…”
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